Nos dias 12 e 13 de maio, organizações da sociedade civil vão se reunir para debater o modelo de desenvolvimento que hoje vigora no Amapá. E conversar sobre um futuro justo aos ecossistemas e ao modo de vida das populações tradicionais
Garimpo e contaminação por mercúrio, exploração de petróleo em áreas arriscadas, barragens no Rio Araguari e grilagem de terras: esses são alguns dos problemas que o estado do Amapá enfrenta hoje. São frutos e um modelo de desenvolvimento em curso na Amazônia, que é incompatível com a necessidade de manutenção de ecossistemas e do modo de vida de populações tradicionais.
Diante desse cenário, a sociedade civil se organizou para realizar o primeiro Seminário Socioambiental – O Amapá que Queremos Ver, que acontecerá nos dias 12 e 13 de maio. O objetivo é ser um espaço plural de discussões e de fortalecimento dessa rede de instituições e grupos interessados em pensar: Afinal, que futuro queremos para o Amapá? O Greenpeace é uma das 33 instituições participando da iniciativa.
Além de mesas de debate, haverá uma mesa com jornalistas e uma agenda cultural, com música e arte. Os detalhes da agenda ainda serão confirmados.
Contexto no Amapá
Apesar de ser um dos menores estados da Amazônia Legal, o Amapá possui uma variedade impressionante de biomas e uma biodiversidade incomparável. Riquezas que vêm sendo colocadas em risco pela reprodução desse sistema ultrapassado – que enxerga na exploração irrestrita e predatória de recursos naturais a única forma de crescimento econômico, ignorando todo o potencial da floresta e seus povos.
É na costa desse estado que duas empresas internacionais pretendem explorar petróleo. A francesa Total e a britânica BP já compraram o direito de explorar blocos na região e estão esperando o governo brasileiro (no caso, o Ibama) aprovar o início das atividades. Perto de onde elas pretendem perfurar estão os Corais da Amazônia – um ecossistema que só foi visto debaixo d’água pela primeira vez em janeiro deste ano. Se um vazamento de petróleo acontecer ali, existe um risco de que tanto os corais quanto a costa do Amapá sofram efeitos colaterais da contaminação do óleo.
Grandes obras de infraestrutura, como hidrelétricas e portos, a mineração, além da extração ilegal de madeira, pesca predatória, pecuária extensiva, e a abertura de novas áreas para o cultivo de soja são alguns exemplos de ameaças ao equilíbrio socioambiental na região, responsáveis por mudanças extremas na paisagem e pela escalada de verdadeiros dramas sociais, como o despejo de famílias rurais e violência no campo.
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